Sinopse: Angélique Latham cresceu no esplendoroso Castelo Belgrave, na Inglaterra, e foi criada sob a tutela e o carinho do pai, o duque de Westerfield. Aos 18 anos, ela é a menina dos olhos do duque, mas, assim que ele morre, seus meios-irmãos mais velhos lhe viram as costas, abandonando-a completamente. Porém, com sua inteligência aguçada, uma beleza arrebatadora e um baú de dinheiro que seu pai lhe deu em segredo no leito de morte, ela fará de tudo para sobreviver. Sem conseguir arrumar emprego por não ter uma carta de referência, mesmo depois de um tempo trabalhando como babá, Angélique tenta a sorte em Paris. E é lá que o destino coloca em seu caminho uma prostituta, vítima dos maus-tratos de Madame Albin. Ao ajudar a jovem, Angélique vê uma oportunidade. Mas, vivendo na iminência de um escândalo, Angélique conseguirá algum dia recuperar seu lugar no mundo? Da Inglaterra do século XIX, passando por Paris e Nova York, Danielle Steel retrata uma época de luta das mulheres em uma sociedade predominantemente masculina ao contar a história inspiradora de uma cativante dama de espírito revolucionário.
Eu nunca tinha lido nada da Danielle Steel, mas já a conhecia por nome: ele é muito famosa na literatura de época, mas nenhum título da autora tinha me chamado tanta atenção ainda. Até que eu estava assistindo um vídeo no youtube sobre um diário de leituras e a pessoa disse que "A duquesa" simplesmente tinha sido seu livro favorito de 2023. Como eu já estava querendo ler algum romance de época, fiquei cativada com essa indicação e resolvi dar uma chance para esse livro que, até então, eu não conhecia. Essa leitura foi uma grande surpresa em vários sentidos, completamente diferente de tudo que eu imaginava e esperava.
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| Imagem: Freepik |
Desde o começo da leitura, estranhei muito a narrativa em terceira pessoa, mas pensei que seria apenas no começo, como uma espécie de introdução à estória. Entretanto, me enganei, pois o livro é inteiramente narrado da mesma forma, o que me incomodou profundamente e creio que dificultou, até mesmo, a conexão com os personagens. Pela narração, eu sentia que estava lendo um livro infantil, e a maneira com que foi escrito impediu, ao meu ver, o aprofundamento da história. Senti como se tudo tivesse sido brevemente citado, o que dificultou o desenvolvimento de camadas que normalmente fazem a história se tornar densa e envolvente. A narrativa não conseguiu me prender de forma alguma, o que tornou a experiência de leitura extremamente cansativa, arrastada e negativa, a ponto de me fazer cogitar abandonar a leitura.
"Angélique tinha acabado de completar 20 anos e ainda não conhecia todos os percalços do mundo.
Mas ela havia aprendido uma amarga lição:
que a vida era efêmera e que, a qualquer momento, poderia perder tudo e ter que recomeçar."
Mas ela havia aprendido uma amarga lição:
que a vida era efêmera e que, a qualquer momento, poderia perder tudo e ter que recomeçar."
Entretanto, reconheço que a história tinha grande potencial. A autora saiu da zona de conforto dos romances de época e criou algo totalmente diferente do habitual. Com uma trama cheia de reviravoltas interessantes, mas infelizmente descontextualizadas, faltou pouco para esse se tornar um livro com grande diferencial. Mas ao meu ver, faltou um certo equilíbrio, uma vez que estamos falando de um romance que se passa em meados de 1840 e, mesmo que seja interessante criar uma personagem a frente do seu tempo e desconstruída, há certos detalhes que são impossíveis de mudar ou omitir, importantes para trazer veracidade à história.
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Em "A Duquesa", Danielle Steel tentou criar uma personagem forte e apaixonante, mas não conseguiu trazer fazê-lo com naturalidade. O número de vezes que é citado o quanto Angélique é linda e tem porte aristocrata é extremamente cansativo, e não há um homem na história que não se apaixone por ela apenas pelo fato de ela respirar, até mesmo os casados e mais velhos, o que se tornou extremamente forçado. Essa energia cativante que a autora tentou atribuir à protagonista não ficou nem um pouco palpável para o leitor, passando ainda mais a impressão de algo totalmente artificial e mau elaborado.
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Por fim, apesar de ser um romance de época, não tem cenas hot como esse tipo de romance costuma ter, apesar de algumas menções. Quem leu sabe que esse fato é muito contraditório para a história. Achei difícil me conectar com uma história que não faz sentido para a época em que se passa e nada é crível. Foi um dos piores livros que li nos últimos tempos, principalmente porque minha expectativa era muito alta. É muito ruim ver ideias tão boas serem tão mal desenvolvidas... Faltou um capricho.
Só não classifico com apenas 1 novelinho porquê a criatividade é inegável,
mas a autora pecou no desenvolvimento e a narrativa deixou muito a desejar.
Sobre a autora
Danielle Steel
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É uma escritora estadunidense e seus livros estão entre os mais vendidos do mundo. É muito conhecida por suas histórias de dramas românticos e já vendeu mais do 560 milhões de cópias dos seus livros, traduzidos em 28 línguas e vendidos em 47 países. Os seus romances estiveram na lista de best-sellers do New York Times mais de 390 semanas consecutivas e 22 foram adaptados para televisão. Em 2001, ela foi considerada uma das "30 Mulheres mais Poderosas da América" pelo Ladies' Home Journal.
Au revoir ♡
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